O mês de abril marca a transição de estação, saímos do verão onde a chuva por exemplo tem uma característica e entramos no outono, estação que traz outro tipo de chuva e historicamente marca a entrada das primeiras massas de ar frio mais intensas a ponto até mesmo de provocar geada.
Neste ano o que vem chamando atenção é o déficit de chuva que o Rio Grande do Sul enfrenta desde fevereiro, condição que se agravou muito em março e tende permanecer assim até pelo menos os primeiros 10 dias de abril. Cabe ressaltar que estamos em um período de Neutralidade Climática, sem influência de fenômenos de escala global como El Niño e La Niña. Ora, mas Neutralidade não remete à um padrão normal? Nem sempre! exemplo esse início de 2020 e de abril.
Fenômenos de menor escala se sobressaem ditando à dinâmica da atmosfera interferindo no clima, sobretudo no regime de chuva. Em resumo e exemplificando, a Oscilação Antártica que se manteve positiva por muito tempo, começa a dar sinais de inversão de padrão, ou seja, tendendo à fase negativa, facilitando a entrada de sistemas frontais e baixas pressões no Sul.
Abril inicia com grande déficit de chuva no estado, mas não está descartada a ocorrência de alguns eventos de chuva intensa e volumosa em curto período de tempo dentro do mês. A chuva será ampla e de intensidade forte em todas as áreas? A condição é baixa para que isso ocorra. As perdas no campo por exemplo são irreversíveis.
Com relação as temperaturas, logo na primeira quinzena do mês sentiremos a entrada de ao menos duas massas de ar frio de origem polar, que trarão temperaturas mais baixas principalmente durante as noites e primeiras horas das manhãs. O calorão acima de 30°C por dias consecutivos dará uma trégua em abril.