O estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) destacou os efeitos das chuvas extremas de 2024, que causaram 16.862 movimentos de massas na Serra Gaúcha e no Vales do Rio Grande do Sul. Entre abril e maio, a BaroClima Meteorologia emitiu vários alertas (exemplo 1, exemplo 2) de chuvas intensas e enchentes no Estado, prevendo volumes de precipitação extremos, tempestades com ventos fortes e potencial para deslizamentos, especialmente em áreas de relevo acidentado e vulnerável a esses fenômenos. Essas condições foram exacerbadas por sistemas de baixa pressão e fluxos de ar quente, intensificando as chuvas e causando cheias severas e catastróficas.
O estudo da UFRGS utilizou imagens de satélite para mapear os impactos dos deslizamentos em cidades como Caxias do Sul e Veranópolis, onde infraestruturas, estradas e plantações foram seriamente comprometidas. Os dados coletados são essenciais para o planejamento de intervenções e estratégias de mitigação. Dentre as recomendações, destacam-se a instalação de sistemas de alerta geológico, melhorias na infraestrutura de drenagem e regulamentação de construções em áreas de risco.
“Em número de movimentos de massa, este evento é o maior já registrado no Brasil, uma vez que o último de grandes proporções ocorreu no Rio de Janeiro em 2011 e teve 4.300 cicatrizes de movimentos de massa”, explica o professor Clódis de Oliveira Andrades-Filho.
“Por conta dos efeitos desse evento extremo, a movimentação de massa mais expressiva aconteceu nas encostas dos vales em 30 de abril e 1º e 2 de maio, predominando os movimentos dos tipos: deslizamentos, fluxos de detritos, queda de blocos e rastejo do solo”, explica ele.
Ainda, a BaroClima havia reforçado os alertas em 25 de abril de 2024, com previsão de chuvas de até 350 mm em algumas regiões em curto espaço de tempo, indicando risco elevado de deslizamentos e enchentes. As comunidades ribeirinhas foram orientadas a ficarem atentas, e a BaroClima recomendou evacuações preventivas, especialmente em locais com solo saturado, onde havia maior probabilidade de transbordamento de rios, interrupções de tráfego entre outros danos e transtornos.
Com as informações do estudo da UFRGS e a análise meteorológica da BaroClima, pode-se concluir que o evento extremo ocorrido foi resultado de uma combinação entre a persistência de chuvas fortes e a saturação do solo. Especialistas da UFRGS ressaltaram a importância de implementar sistemas de monitoramento preventivo e planos de evacuação em áreas mais vulneráveis para evitar consequências tão graves em futuros eventos climáticos extremos.
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